Olá queridos!
A reportagem que reproduzo hoje no Caminhos, é um alerta para o tratamento "especial" que alguns aeroportos internacionais dao aos brasileiros (claro, vale salientar que cada caso é um caso, e que isso nao é regra!). É triste ver que nem as pessoas idosas sao poupadas. Mas aqui nesse caso, deve-se verificar que isso foi a consequência, pelo fato de dois estrangeiros viverem ilegais em um país, e ainda assim "convidarem" parentes para visitá-los. Cada país tem suas leis e elas devem ser respeitadas. Fica a licao!
Um abraco.
Alessandra Heidenreich
09/03/2012 13h37 - Atualizado em 09/03/2012 15h19
'Não quero mais voltar', diz aposentada retida na Espanha
Dionísia Rosa da Silva, de
77 anos, ficou três dias em aeroporto.
Moradora de Sumaré está em São Paulo e retorna para casa nesta sexta.
“Não quero mais voltar, pra
mim acabou essa coisa de Espanha”. É o que diz em entrevista por telefone ao G1
a aposentada Dionísia Rosa da Silva, de 77 anos, que ficou três dias retida em um aeroporto. O motivo, de acordo com o
consulado no Brasil, é que ela não tinha uma carta convite obrigatória para quem ingressa no país com
hospedagem na casa de alguém.A aposentada mora há 16 anos em Sumaré, interior de São Paulo, e retornará para casa nesta quinta-feira (9), onde reside com um neto e a esposa dele. Após retornar ao Brasil, Dionísia ficou na casa de parentes em São Paulo, que vão levá-la de carro para casa. “Fiquei tomada de dor, não dormi e emagreci”, conta.
A senhora conta ainda que ficou três dias em uma sala com outras pessoas e “era a única idosa”. Só pôde sair duas vezes, acompanhada de dois policiais, para consultar um médico no próprio aeroporto, pois se sentia mal. O idioma também foi um problema, já que, de acordo com ela, ninguém no local falava português para auxiliá-la.
“Eu ficava quieta no meu canto e também não pude tomar banho”, conta. Outra dificuldade relatada por Dionísia é que ela não conseguia comer o que era oferecido no aeroporto. Ela passaria dois meses na Espanha para visitar a filha. Era a primeira vez que viajava de avião e, apesar do trauma no aeroporto, diz que gostou da experiência.
Consulado
De acordo com o consulado, que diz ter acompanhado todo o processo, sua filha e genro "residem na Espanha de forma ilegal e têm ordem de expulsão", e, portanto, "não puderam ir a uma delegacia para fazer a 'carta-convite' que é exigida para que um estrangeiro que vá se alojar em casa de parentes possa entrar na Espanha".
O Ministério das Relações Exteriores informou ao G1 que Dionísia não cumpriu com alguns requisitos exigidos pela Espanha a brasileiros que desejam entrar no país, apesar de o visto não ser obrigatório.
O Itamaraty informou que entrou em contato com o consulado brasileiro em Madri para que a idosa recebesse atendimento especial enquanto aguardava o retorno ao Brasil no aeroporto. De acordo com a assessoria, há um diálogo entre os dois países para que haja transparência sobre os critérios exigidos.
A assessoria informou ainda que o Brasil não pode intervir nestas decisões, pois são soberanas. O que o governo pode fazer, afirma, é verificar se o brasileiro recebe no aeroporto toda a assistência necessária.
A partir de abril, segundo o ministério, será adotada a política de reciprocidade. Assim, os espanhóis que desejarem entrar no Brasil deverão preencher os mesmos critérios exigidos aos brasileiros que vão para a Espanha.
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